sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vitor Cid


Olá Vitor , primeiramente tenho que dizer que é um prazer poder entrevistar você , que é uma grande aposta para o futuro do Othello nacional .
Fabrício - Para começar uma perguntinha clássica : Como e onde conheceu o jogo Othello / Reversi ? E depois de se aventurar no jogo demorou muito para você notar que esse jogo era muito maior do que se apresentava ?
Vitor - Conheci Othello á 3 ou 4 anos , estava jogando games aleatórios com meu primo no MSN , até que encontramos “reversi” . Após algumas derrotas no jogo , resolvi procurar algumas dicas básicas na internet para levar vantagem na próxima partida , foi ai que percebi que o jogo era muito mais complexo do que eu pensava.Depois de definitivamente ter me apaixonado pelo jogo , comecei a jogar com outros jogadores online e a cada partida pensava : “ como esse cara faz isso?” ; “ como eu não enxerguei isso antes!!” . E é assim até hoje , quanto mais eu jogo mais eu enxergo e isso me fascina.
Fabrício - O que acha das competições oficiais de Othello ?
Vitor - Eu acho as competições oficiais de Othello essenciais para todo jogador amador ou profissional aprimorar suas habilidades e trocar experiências com outros jogadores , querendo ou não , jogar em um tabuleiro é muito mais motivante do que jogar online , a vontade de ganhar é outra e isso é um fator importantíssimo para o amadurecimento do jogador . Infelizmente , os campeonatos brasileiros contam com poucos players , isso porque o jogo é pouco conhecido no Brasil e o campeonato é pouco divulgado . Porém , a falta de participantes não abaixa o nível da competição , pelo contrario , sempre temos jogadores bons e experientes competindo , deixando as disputas sempre acirradas.
Fabrício - E os amigos , sabem que esse jogo existe ? Já tentou jogar com alguns deles e o que eles dizem do jogo ? ( rs ) .
Vitor - Alguns dos meus amigos conhecem Othello , já joguei com quase todos , a maioria diz que o jogo é chato , de nerd etc.... Estou sempre tentando explicar o básico do game e fazer eles se interessarem por Reversi . Mas as tentativas são frustrantes e quase nenhum deles corresponde as minhas expectativas . Jogo também com meus familiares no tabuleiro , meu irmão Lucas é o que mais se interessou, hoje ele já tem uma boa noção do jogo e cerca de 700 partidas no Playok .
Fabrício - O que você acha do Reversi no mundo virtual ? É divertido , arriscado , irritadiço( Confrontos )ou tudo não passa de uma escola onde tudo é apenas uma diversão ?
Vitor - Eu acho o Reversi no mundo online fantástico! . Isso porque podemos jogar exaustivamente com outros jogadores a hora que quiser . Podemos enfrentar pessoas do mesmo nível e depois analisar as partidas calmamente , revendo os erros e na minha opinião , é a melhor forma de se aprender a jogar .Muitos dos grandes mestres do mundo jogam online , temos a oportunidade de jogar com eles e analisar suas jogadas. Fico imaginando oque seria do Othello sem as partidas online , e penso que com certeza não estaria no nível que esta hoje . É claro que existem fatores negativos : cheaters ; mal perdedores ;chingamentos no anonimato etc .... Enfim , são coisas que me irritam mais não são relevantes levando em conta o grande beneficio que é jogar no cpu.
Fabrício - Como você define o seu jogo ? ( estilo de jogo ) E qual é a sua maior dificuldade no mesmo ?
Vitor - É difícil pra mim falar do meu próprio jogo , não enxergo nenhum estilo definido , tento sempre entender oque esta acontecendo e traçar uma estratégia para ganhar , gosto de jogos longos , em que eu possa pensar com calma em cada movimento , analisando o máximo de jogadas possível que meu cérebro pode processar . Sempre tive dificuldade no inicio do jogo , é difícil pensar no rumo da partida com poucas peças no tabuleiro , também nunca fui de decorar aberturas , sei apenas as básicas , se alguém foge um pouco do comum , já tenho que improvisar.
Fabrício – Já jogou com parentes ? E seus pais , o que eles acham de você se tornar um jogador de Othello oficial ?
Vitor - Sim , já joguei com meus primos e irmãos . Meus pais sabem como eu gosto do jogo e o quanto eu o levo a sério , portanto , me apóiam a respeito disso , sobre se tornar um jogador oficial , acho que só seria possível se eu participasse de um campeonato , porém , devido a certos problemas , ainda não pude fazê-lo.
Fabrício – Falando nisso , você não pôde ir no Campeonato Brasileiro desse ano , assim como também não pôde ir no ano passado , não te bate um ressentimento de não ter tido a chance ainda de participar ainda da competição ? Você ainda tem planos de participar de um campeonato , e como você definiria o sentimento de poder estar em um ? ( Mesmo que esse dia ainda não tenha chegado ainda )
Vitor - Sim , bate um grande ressentimento de eu não ter participado dos últimos campeonatos , seria muito divertido para mim poder jogar em um tabuleiro contra os adversários brasileiros que eu tanto admiro , além disso , acho que seria uma experiência muito boa e uma grande oportunidade para eu melhorar meu jogo . Realmente espero que no próximo campeonato eu possa estar presente.
Fabrício - Fiquei sabendo que você vai estudar fora da sua cidade , no caso ciências da computação , e será uma longa jornada de 4 anos fora de casa , o que te levou a tomar uma decisão tão séria na vida ? Como reagiu sua família e amigos ?
Vitor - Então , passei em Ciência da computação agora no meio do ano na UFLA em MG , é o curso que eu sempre quis fazer , não me imagino seguindo outra carreira senão essa (até agora) , infelizmente é bem longe da minha terra natal , terei que abandonar algumas coisas e começar uma vida nova em outra cidade . O que me levou a tomar essa decisão é a vontade de fazer essa graduação em uma boa universidade . Minha família primeiramente não gostou muito da idéia , mas depois de verem a importância que isso tem para mim , acabaram concordando . Meus amigos ficaram muito felizes por mim e mostraram bastante interesse nessa minha nova jornada , inclusive , alguns deles já estão estudando fora .

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